sexta-feira, 11 de março de 2011

Damn! I thought I knew that!

Vou escrever aqui coisas que vão aparecendo ao sabor do que o meu programa de doutoramento mandar.
Agradeço todos os contributos, em qualquer língua.
Damn! I thought I knew that!: Damn! I thought I knew that!: "I don’t know, but I like to think that the sentence “Damn! I thought I knew that!” is a kind of child, or grandchil of that one students use..."

domingo, 27 de junho de 2010

UN Secretary-General invites you to be a Citizen Ambassador

É um desafio engraçado, tornarmo-nos Embaixadores da Cidadania. Em todo o mundo.
Porque não tentar?... Por mim, disponho-me a fazê-lo e a ajudar quem o queira fazer também. Força!
Tantas vezes que nos interrogamos como podemos participar ativamente nas grandes questões do mundo. Esta talvez seja uma oportunidade interessante.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Às vezes, fecham-nos mesmo as portas!...

Estou a apoiar alguns grupos de alunos da minha escola, que estão a reunir dados e informações para “atacarem” em força, logo no início de Setembro, a primeira tarefa do concurso “Na senda de Darwin”, em que se inscreveram.
Hoje, quando folheava alguns livros em que quase exploratoriamente procurava coisas que se pudessem relacionar com Darwin e o tema do concurso, calhou revisitar o livro de Bill Bryson, Breve história de quase tudo (da Quetzal Editores, de 2004). Na verdade, o livro tem um capítulo sobre Darwin (A noção singular de Darwin, pp. 379-392). Assim que li os três ou quatro primeiros parágrafos, encontrei relatos que pude imediatamente ligar aos temas deste blogue, pois acentuam claramente a ideia de (auto)-liderança, de condução pessoal da própria formação e valorização (a que os apontamentos antecedentes no blogue se referem), em situações quase paradoxais, em que os “professores” envolvidos, mais do que abrirem as portas, parecem fechá-las.

Vou transcrever as frases, são, como já disse, muito claras:

  • No fim do Verão ou princípio do Outuno de 1859, Whitwell Elwin, redactor da respeitada publicação inglesa Quarterly Review, recebeu um exemplar de um novo livro da autoria do naturalista Charles Darwin. Elwin leu-o com interesse e concordou que tinha mérito, mas receou que o assunto fosse demasiado limitado para conseguir atrair um vasto público. Sugeriu ao escritor que, em vez disso, escrevesse sobre pombos. “Toda gente se interessa pelos pombos”, observou, tentando ser prestável.
    O prudente conselho de Elwin foi ignorado, e On the Origin f Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life, foi editado no fim de Novembro de 1859, ao preço de 15 xelins. A primeira edição, de 1250 exemplares, esgotou no primeiro dia. […]
  • Darwin conheceu todas as vantagens da educação, mas estava sempre a desiludir o seu viúvo pai com um desempenho académico medíocre. “Só queres saber de caça, de cães e de apanhar ratazanas, e hás-de ser sempre uma vergonha para a tua família e para ti próprio”, escreveu-lhe o pai, comentário que quase sempre aparece transcrito em qualquer estudo sobre a juventude de Darwin.

Hoje é o melhor dia da minha vida, propõe-nos o vídeo

Permitam-me que, a propósito da vitalidade, da "positividade" da cidadã do mundo Olive Riley, convide todos a espreitarem o apontamento que deixei, no dia 10 de Julho, no seguinte blogue: http://fernandonaescola.blogspot.com/, sob o título "Hoje é o melhor dia da minha vida, propõe-nos o vídeo".

"Aprender até morrer", frase estafada, será?...

A edição do "Metro" de 15 de Julho, dava conta, no cabeçalho da página 6, que a australiana Olive Riley, aos 108 anos, era considerada a blogger mais velha do mundo, tendo morrido no sábado, dia 7. E dizia ainda que, no seu último post, escreveu que todos os dias cantava uma música alegre.
Tive curiosidade em saber um pouco mais de Olive, da sua maneira de estar na vida e do conteúdo do seu blogue (http://www.allaboutolive.com.au/), do qual agora destaco apenas três notas, que aqui ficam assim, tal qual estão publicadas, sem fazer comentários:
  1. Good Morning everyone. My name is Olive Riley. I live in Australia near Sydney. I was born in Broken Hill on Oct. 20th 1899.Broken Hill is a mining town, far away in the centre of Australia.
    [Bom dia a todos! Chamo-me Olive Riley. Vivo na Austrália, perto de Sidney. Nasci em Broken Hill, no dia 20 de Outubro de 1899. Broken Hill é uma cidade mineira, que fica longe, no centro da Austrália.
  2. If a woman who left school in 1914, can embrace the internet in her 106th year, what is there you can’t do, friend?
    [Se uma senhora, que deixou a escola em 1914, é capaz de aderir à Internet aos 106 anos, o que não serás tu capaz de fazer, amigo?] (Mike, apontamento de 13 de Julho)
  3. I've never been treated so well in all my life. The nurses can't do enough for me. Ask them for anything, and they are only too happy to provide it. Penny, who's in the next bed to mine, had a visit one day this week from her daughter, who's a professional singer. Guess what happened! She and I sang a happy song, as I do every day, and before long we were joined by several nurses, who sang along too. It was quite a concert!
    [Eu nunca fui tão bem tratada na minha vida. As enfermeiras não podem ser-me mais dedicadas do que são. Peça-lhes alguma coisa e logo elas estão prontas para providenciarem o que se lhes pede. A Penny, que está na cama ao lado da minha, recebeu a visita da sua filha, que é uma cantora profissional. Adivinhem o que aconteceu! Ela e eu cantámos uma canção alegre, como eu costumo fazer todos os dias, e pouco tempo depois tinhamos à nossa volta algumas enfermeiras, que fizeram coro connosco. Foi cá um concerto!] (http://worldsoldestblogger.blogspot.com/, 26Jun080)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Os professores e tu, Aluno

A história do vaso chinês - espantosas são todas três!: a mente humana, a dinâmica social e a cultura grupal que permitiram configurar uma história simbólica assim, tão cheia de significados -, que deixei aqui há dias, veio-me de novo ao pensamento quando abri um e-mail que recebi ontem à noite, enviado por uma colega de há muitos anos, muito amiga e muito sábia. O e-mail trazia um conjunto de provérbios, magnificamente enquadrados em belas fotografias. A história do vaso veio-me ao pensamento fundamentalmente por causa de dois desses provérbios, que passo a transcrever:
Este primeiro, como tudo o que corre na Net - e também de boca em boca, tal como a história do vaso chinês - tem várias versões. A generalidade dos sites que o cita na Internet diz que é de origem chinesa. Deixo aqui duas versões. E, sem adiantar a minha opinião sobre uma e outra, convido todos a, depois de lerem uma e outra, tentarem perceber o que é que as pequenas diferenças entre uma e outra trazem ao pensamento. Talvez seja um exercício pessoal curioso:
- Os professores abrem a porta, mas tens de entrar sozinho
- Os professores abrem a porta, mas cada um tem de entrar por si próprio
O segundo provérbio, que será sueco, diz o seguinte:
- Não deites fora o balde velho antes de teres a certeza de que o novo segura bem a água

domingo, 13 de julho de 2008

O vaso chinês

A história que transcrevo para aqui hoje tem muitas versões na troca de e-mails, que se tornou habitual, todos os dias, fazer-se na Net. Seja sob a forma de textos, apresentações de slides, ou mesmo vídeos.
As versões são quase tantas quantos os e-mails.
Na versão que aqui deixo, também acrescentei um ponto ao conto.
Parece-me que tem a ver com o lado romântico do trabalho de tutoria. Pelo menos, é assim que, para já, proponho a leitura deste texto.

O VASO CHINÊS

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, que suspendia em cada extremidade de uma vara que ela carregava nas costas, todas as vezes que ia ao rio buscar água.
Um dos vasos estava rachado e deixava escapar alguma da água com que a velha senhora o enchia. O outro, não, o outro era perfeito; por isso chegava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto que o vaso rachado chegava já meio vazio.
Durante muito tempo foi assim, com a senhora chegando sempre a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente, o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado, enquanto o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só metade daquilo que deveria ser capaz de fazer.
Passaram-se dois anos assim nesta situação. Nessa altura, reflectindo sobre a própria amargura de ser rachado, o vaso desgostado da sua condição resolveu falar com a senhora durante o caminho para o rio: “- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta fenda que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até casa... Porque não me trocaste já por outro?...”
A velhinha sorriu, parou e pediu-lhe que olhasse o caminho que faziam todos os dias: “Repara que todo o caminho é seco e árido, cada vez mais, quanto mais subimos de volta para casa. Menos assim mesmo à nossa beira, mas só de um dos lados, que está cheio de lindas flores, que perfumam o ar e enchem de bem-estar, com as suas cores e os seus aromas, todas as pessoas que por aqui passam. Esse lado é o lado de que tu sobes e vais deixando cair a água que levas dentro. Eu sempre soube do teu defeito, mas poderia eu descontentar-me com o que tu fazias sem saber?... Todos os dias, enquanto voltamos para casa, tu regas todas estas lindas flores. Durante estes dois anos que passaram, eu pude também ir colhendo algumas destas belíssimas flores para enfeitar a mesa da sala. Se tu não fosses como és, como teria eu podido ter aquelas maravilhas em minha casa?... Cada um de nós tem o seu próprio defeito, tem o seu próprio feitio, a maneira de ver e de fazer as coisas.
O vaso rachado ouviu em silêncio, olhou as flores que subiam por ali acima e depois olhou para o outro vaso. O vaso íntegro olhava para ele e sorria, também. A velha senhora, que se tinha calado, compôs a vara em cima dos ombros e continuou o seu caminho.